O papel dos territórios indígenas e das áreas protegidas na conectividade amazônica
Foto: Jaime Culebras
Um estudo publicado na PNAS em 28 de julho de 2025 destaca o papel dos Territórios Indígenas (TIs) e das Áreas Protegidas (APs) na manutenção da conectividade do ecossistema. Na bacia de drenagem da Amazônia, a atividade humana está interrompendo a conectividade do ecossistema - o movimento desimpedido de espécies e o fluxo de processos naturais -, impactando negativamente a saúde do ecossistema.
Usando conjuntos de dados de sensoriamento remoto, os pesquisadores mapearam a conectividade do ecossistema e analisaram a distribuição espacial de seis atividades antropogênicas - construção de barragens, desmatamento, incêndios, mineração, exploração de petróleo e gás e estradas - em quatro paisagens da bacia amazônica: florestas de várzea, áreas úmidas, rios e os Andes, dentro e fora de TIs e APs. Os autores constataram que 14% a 16% das terras dentro de Territórios Indígenas e Áreas Protegidas (ITPAs) são afetadas por atividades humanas, em comparação com 38% em áreas não protegidas. Todos os ecossistemas terrestres, de áreas úmidas e ribeirinhas apresentam maior conectividade dentro das ITPAs do que fora delas.
De acordo com os autores, o fortalecimento da governança e a promoção de iniciativas sustentáveis dentro das ITPAs podem ser uma estratégia eficaz para conservar a conectividade do ecossistema.
Esse estudo foi conduzido por Camila D. Ritter (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Brasil), Jesús Muñoz (Real Jardín Botánico, Espanha) e Juan Manuel Guayasamin (Universidad San Francisco de Quito, Equador e autor principal da SPA).
Este estudo foi fundamentado nas publicações e no trabalho do Painel Científico para a Amazônia.
Leia o artigo: https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.2418189122
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Juan Manuel Guayasamin, Universidad San Francisco de Quito USFQ.
E-mail: jmguayasamin@usfq.edu.ec